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Meu filho foi alvo de bullyng por causa de suas particularidades autista.



Meu filho cresceu até os doze anos sem o diagnóstico do autismo, ele sempre foi diferente mas, quem não é?. 
Muito carinhoso, feliz, sempre amou distribuir abraços, adora desenhar, gosta de escrever, sempre teve limitações e por conta delas buscamos psicólogos para ajudá-lo.
Meu filho até então estudou em duas escolas nas quais estava adaptado, tinha amigos o carinho dos professores, tirava boas notas e se desenvolvia normalmente.
Ele precisou começar 2018 em uma nova escola no 6º.  Essa escola  o lugar onde deveria o ter acolhimento e respeito nas suas diferenças, foi exatamente o que ele nao encontrou.
Sua dificuldade de socialização que até então, era bem administrada, começou a trazer sofrimento, algumas limitações como a de iniciar e manter uma conversa que não fosse de seu interesse, entender pistas sociais ou o fato de ser muito sincero se acentuaram por estar em  um ambiente novo que precisava ser aprendido,  e embora eu tivesse ido a escola por várias vezes e exposto suas peculiaridades, como sua estereotipias e dificuldade em interpretar emoções. não adiantou pois, tudo isso começou a torná-lo vulnerável. 
Tanto a escola, como alguns professores, ao invés de ajudá-lo, o repreendia, chamavam a atenção dele, quando ele tentava se comunicar, não acreditavam nele, a turma ria dele, entre outras coisas mais graves ainda.
O que eu não entendia era, que meu filho estava sendo vítima de um sistema educacional particular sem nenhum preparo para tratar a criança como um ser individual.
Não sei se consigo me fazer entendida mas, é como se a escola só iria tratar a criança com sua peculiaridade se fosse apresentado um laudo diagnosticando para tal.
O que não me parece justo! 
Será que a criança tem que tomar remédio para se enquadrar em um sistema? 
Meu filho sofreu bullying foi discriminado na escola!
Ele teve seu psicológico violentamente afetado por desrespeito a sua individualidade 

Tudo isso, gerou prejuízos significativos a ele e a toda nossa família.
Todo esse processo, as alterações comportamentais como, pesadelos noturnos, irritabilidade, distanciamento aparente, comportamentos esquivos de não querer fazer os deveres, medo dos professore. lembro que éramos sempre chamados pois, ele passava mal. o desgaste emocional era tanto a ponto de sermos orientados por sua pediatra a tirarmos ele dessa escola,  o que fizemos em outubro de 2018.
Passamos o restante do ano buscando médicos ouvindo especialistas.
No início de 2019 ele precisava começar em uma nova escola, conseguimos matriculá-lo em uma escola municipal, ainda nao tínhamos em mão o laudo com o diagnóstico de autismo mas, já sabíamos que seria este.
Na nova escola como sempre informei a escola suas particularidades e o ocorrido na escola anterior. 
O tratamento foi muito diferente! Meu filho foi maravilhosamente acolhido mesmo sem ter um diagnóstico fechado, o processo de inclusão estava sendo maravilhoso e embora todos os dias ele estivesse indo a escola,  ainda não estava conseguindo entrar em sala.
Só depois de levarmos em dois psiquiatras. finalmente veio o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista CID 10 F84.1
Para mim como mãe foi um alívio saber que dali em diante sabemos qual caminho seguir. 
Apresentei o laudo para escola nova e a mesma só teve a certeza que estava no caminho certo na maneira de como estavam tratando, o que me trouxe paz.
Logo entrou a quarentena e consequentemente meu filho ainda não tinha conseguido entrar em sala, ele também sofreu alguns retrocesso mas, sei que quando tudo voltar ao normal ele vai conseguir.
Entretanto não foi nenhum alívio ver que meu filho passou por tamanho sofrimento na escola até o diagnóstico. ele iria ser diagnosticado a qualquer momento porque buscamos ajuda de especialistas desde que ele tinha 11 anos.

tudo que aconteceu ficou muito claro para mim que a escola não tinha nenhum preparo para receber uma criança como meu filho ou como qualquer uma outra que seja atípica

Penso que a escola deveria ter que atuar na prevenção e quando isso não ocorre e ainda traz dano, ela deve ser responsabilizada. 
Mas a pergunta é:
 A escola é culpada ?
Para começar deveria ser obrigatório a presença de psicólogos nas escolas tanto para atender os alunos, como para atender os professores, talvez, eles não estejam prontos para ter o peso dessa carga sozinhos.

Quais são nossos direitos como pais?
Quais são os direitos dos professores?
Quais são os direitos das crianças?

Quais são as responsabilidades das partes?

Inclusão ou obrigação?

O que pode ser feito para que todas as crianças não passem por situações como a que meu filho passou  e como isso pode ser evitado?

São muitas perguntas e acha que não somos capazes de respondê-las sozinhas mas, juntos seremos mais fortes!

Eu gostaria de saber se neste grupo tem alguma mãe que passou por algo parecido?
Você acha que a escola que desencadeou as crises deveria ser responsabilizada por isso?
Conte pra mim, vamos trocar experiências e encontrar um caminho em que o mundo seja mais justo!

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